terça-feira, 24 de abril de 2012

TÊNUE



Quero o derramar, a ausência de condições e de medos.
Quero o peso tênue de carregar valores que não se vão.
Quero o abraço completo da existência e 
da dimensão inefável de ser filho.
Quero o tempo, o hoje, o agora.
Quero o amanhã após amanhã.  

quarta-feira, 18 de abril de 2012

GEN

Eu e meu irmão-amigo, Danilo Suizu.

GENtes
Encontros.
Irmãos.
Amigos.
GEN.


O que há do outro lado?
Por trás dessas paredes sagradas, templo de vidas e tempos?
Veias? 
Nervos? 
Dores? 
Risos? 
Vazios? 
Bagunça? 
Esperança? 
Medos? 
Sonhos? 
Fome?
O que pode ser tão pleno e tão mísero?
O que se estabelece aí, aqui, que de tão intenso transcende mistérios e respostas?

Um olhar?
Visão panorâmica de dentro para sermos mais devotos da bondade e da justiça?
Por que teimamos em não ver o que importa?
Por que ficamos do lado de fora, vendo a vida passar sem provar do que não passa?
Afinal, de que lado estamos?


quinta-feira, 12 de abril de 2012

PERDA E PERDÃO


Aprendi quando não havia jeito.
Abriu-me os olhos e o peito a torturar-me a perda.
Tudo foi passando, acertando e errando, tracei rumos.  

Mas o que realmente educou-me para dentro, além,
foi minha alma enrustida de culpa e dor.
Achar-me tão impróprio e despossuído, 
tão descartável e perdido.  
Sei do que sou feito, mas por vezes 
esqueci e por aí perdi o que em mim mais importava.

Não foi o tempo nem o desdém a libertar-me o peso,
Mas ver-me no espelho daqueles olhos que sempre me amaram, apesar de mim.
Perder não é o problema. 
Triste é não voltar para casa.






segunda-feira, 9 de abril de 2012

SOU


Sou uma corrente contínua de idas e vindas
de dentro para fora,
de fora para qualquer lugar
até voltar e voltar.