terça-feira, 8 de maio de 2012

CRISTÃOS SUPERPODEROSOS E OS MALTRAPILHOS!

"Este livro não é para os super espirituais."

Este é o prefácio de um livro que me ajudou muito a ter uma visão mais 
"cristã do cristianismo".  Me fez perceber o quanto andamos enganados a respeito do Evangelho da Graça. 
Se lhe despertar a curiosidade, eu lhe digo o nome. 

O evangelho maltrapilho foi escrito com um público leitor específico em
mente. Este livro não é para os super espirituais.

Não é para os cristãos musculosos que têm John Wayne como herói, e
não a Jesus.

Não é para acadêmicos que aprisionam Jesus na torre de marfim da
exegese.

Não é para gente barulhenta e bonachona que manipula o cristianismo
a ponto de torná-lo um simples apelo ao emocionalismo.

Não é para os místicos de capuz que querem mágica na sua religião.

Não é para os cristãos "aleluia", que vivem apenas no alto da
montanha e nunca visitaram o vale da desolação.

Não é para os destemidos que nunca derramaram lágrimas.

Não é para os zelotes ardentes que se gabam com o jovem rico dos
Evangelhos: "Guardo todos esses mandamentos desde a minha
juventude".

Não é para os complacentes, que ostentam sobre os ombros um
sacolão de honras, diplomas e boas obras, crendo que efetivamente
chegaram lá.

Não é para os legalistas, que preferem entregar o controle da alma a
regras a viver em união com Jesus.

O evangelho maltrapilho foi escrito para os dilapidados, os derrotados
e os exauridos.

Ele é para os sobrecarregados que vivem ainda mudando o peso da
mala pesada de uma mão para a outra.

E para os vacilantes e de joelhos fracos, que sabem que não se bastam
de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a esmola da graça
admirável.

E para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive
caindo para fora da empada.

E para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com falhas
hereditárias e talentos limitados.

E para os vasos de barro que arrastam pés de argila.

E para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é um
grave desapontamento para Deus.

E para gente inteligente que sabe que é estúpida, e para discípulos
honestos que admitem que são canalhas.

O evangelho maltrapilho é um livro que escrevi para mim mesmo e
para quem quer que tenha ficado cansado e desencorajado ao longo do
Caminho." 

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